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Segundo Impostômetro, população maranhense já pagou este ano R$ 18 bilhões em impostos

 Impostômetro chegou a R$ 900 milhões no início da tarde


CLARA SASSE

O Maranhão é um dos dez estados que menos arrecadam no Brasil. Segundo o Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo, no acumulado de 2018, os maranhenses pagaram mais de R$ 18 bilhões em tributações – referente a 0,81% da arrecadação total do país.

A capital São Luís é responsável por mais de R$ 740 milhões, mais de 4% do total arrecadado pelos maranhenses. O estado com maior carga tributária é São Paulo. Até 2018, foram mais de R$ 795 bilhões, referente a 37% do total do país.

Para chegar a esse valor, o sistema tributário brasileiro é composto, além de outras taxas, por nove impostos. Dentre eles estão o ICMS, PIS, PASEP e o IOF, imposto cobrado sobre operações financeiras. Apenas com esse último, foram quase R$ 32 bilhões arrecadados no estado maranhense, em 2018.

Com o objetivo de simplificar o sistema de arrecadação no Brasil, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 293/2004 quer substituir nove impostos por apenas um, chamado de Imposto Sobre Operações de Bens e Serviços (IBS).

A mudança tem como modelo o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) existente na Europa e no Canadá.Para o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), integrante da comissão especial que trata do tema, o sistema tributário em vigor no Brasil é injusto devido a quantia que é cobrada da população mais pobre, quando comparada ao valor arrecadado na parcela mais rica da sociedade.
Comissão especial que trata da reforma tributária quer aprovar relatório ainda este ano
“Já temos um texto preliminar que diminui a carga tributária em cima do consumo, em cima dos mais pobres. Porque nós temos, hoje, no nosso país, o sistema mais injusto do mundo. Um sistema tributário que vai em busca do pobre e o pobre é o que banca os serviços públicos no nosso país. 
Enquanto que os mais ricos pouco contribuem para esse sistema. Nós temos que fazer o equilíbrio e é isso que buscamos nessa comissão especial”, declarou Rocha.

O relator da reforma trabalhista na Câmara, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) afirma que acredita na aprovação da matéria ainda este ano. Segundo ele, a proposta traz três vezes mais benefícios para o país do que o Plano Real.

“É o mais importante projeto em tramitação na Casa e é o grande tema dessa eleição, de todos os candidatos à presidência. Nós estamos prontos para votar semana que vem na comissão e, em seguida, no plenário. Será um presente ao povo brasileiro, aos empresários, trabalhadores, aos novos governadores e aos atuais prefeitos”, argumenta Hauly.

Na terça-feira (27), Hauly apresentou um novo relatório à comissão especial da reforma tributária. A votação do texto, contudo, foi adiada após um pedido de vista, ou seja, mais tempo para os parlamentares da comissão analisarem a proposta.

Se aprovado na comissão especial e no plenário da Câmara, sem alterações, o projeto de lei segue para análise no Senado Federal. Mas, como previsto na Constituição Federal, a PEC só poderá entrar em vigor pelo Congresso quando acabar a intervenção no Rio de Janeiro, com previsão para 31 de dezembro deste ano.

(Agência Brasil)

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