Promotoria de Bequimão expediu uma
Recomendação, seguida de diversos ofícios para que o município
encaminhasse a lista de secretários e servidores que tivessem parentesco
com o prefeito.
Geraldo Amorim |
PERI-MIRIM - A Promotoria de Justiça da Comarca de Bequimão ingressou
com uma Ação Civil Pública, no último dia 22, contra o município de
Peri-Mirim, representado pelo prefeito José Geraldo Amorim Pereira, por
conta de diversos casos de nepotismo na administração municipal.
Peri-Mirim é termo judiciário da comarca de Bequimão.
Ao constatar a prática de nepotismo, a Promotoria de Justiça de Bequimão
expediu uma Recomendação, seguida de diversos ofícios para que o
município encaminhasse a lista de secretários e servidores que tivessem
parentesco com o prefeito. No entanto, nunca houve resposta da
administração municipal.
O Ministério Público identificou que José
Geraldo Amorim Pereira Filho ocupa o cargo de secretário municipal de
Finanças e Gestão Administrativa; João Domingos Amorim Pereira, irmão do
prefeito, é o secretário de Obras e Transporte. Outro irmão do
prefeito, Antônio Amorim Pereira é assessor jurídico da prefeitura.
Também
figuram na lista a ex-esposa de José Geraldo Pereira, Indiara Araújo
Pereira (chefe de odontologia); a atual companheira do prefeito,
Walkíria Amorim França, com cargo na Secretaria Municipal de Saúde; e
Flávia Caroline Marques Amorim, sobrinha do gestor, com cargo na
Secretaria Municipal de Educação.
Na ação, a
promotora de justiça Raquel Madeira Reis ressalta que os familiares de
José Geraldo Pereira não têm cargos efetivos na administração municipal,
além de nunca terem ocupado cargos públicos antes, “o que demonstra que
suas nomeações decorreram unicamente do vínculo de parentesco com o
chefe do Executivo Municipal”.
Também foi
apontada a falta de qualificação profissional para o exercício dos
cargos. O filho do prefeito, exercendo o cargo de secretário de
Administração e Finanças, por exemplo, não tem formação em contabilidade
ou administração. O secretário de Obras e Transportes, João Domingos
Pereira, também não tem qualquer formação na área de engenharia de
transportes que justificasse tecnicamente a sua escolha para a pasta.
“Há
que se ressaltar a relevância das competências compreendidas nos cargos
ocupados pelos parentes do requerido, que demandam conhecimento,
experiência e grande poder de decisão. Não se concebe que competências
tão relevantes sejam desempenhadas por pessoas que não possuem qualquer
vivência com o serviço público e qualificação necessária para exercer
suas atribuições com competência, eficiência, dentro de padrões de
qualidade mínimos, o que fica prejudicado quando o único critério para
nomeação é o vínculo afetivo/familiar com a autoridade nomeante”,
observa a promotora de justiça.
Na ação, o
Ministério Público requer a declaração de nulidade dos atos de nomeação
de José Geraldo Amorim Pereira Filho, João Domingos Amorim Pereira,
Antônio Amorim Pereira, Indiara Araújo Pereira, Walkíria Amorim França e
Flávia Caroline Marques Amorim.
Também foi
pedido que a Justiça determine ao prefeito José Geraldo Amorim Pereira
que apresente a relação completa de secretários, secretários adjuntos e
dos servidores contratados de forma precária, sem prévia aprovação em
concurso público, especificando os que se enquadrem em situação de
nepotismo, além dos respectivos atos de exoneração, sob pena de multa
diária em caso de descumprimento.
Imirante
2 Comentários
É tipico do político pilantra.
ResponderExcluirPenso que o Ministério Público deveria se preocupar era com a aplicação correta dos recursos públicos. Deveria se preocupar era com os desperdícios e desvios de recursos públicos qye ocorre em 99% dos municípios brasileiros,onde,por exemplo,somente dos pequenos município di Maranhão,fez uma licitação para gastar em apenas 12 meses,a astronômica quantia de 4.800.000,00 ( Quatro Milhões e Oitocentos Mil Reais).
ResponderExcluirPenso que Cargo de Confiança tem que ser preenchido por pessoas de confiança do Prefeito. Se por acaso essas pessoas nomeadas são parentes do Gestor, é só um detalhe.
O que não pode é o Prefeito nomear pessoas que não seja da sua confiança.
Penso que se o Ministério
Público se dedicasse em coibir os desvios e roubalheira do dinheiro público,aí sim estaria prestando um grande serviço à sociedade.
Esssa história de nepotismo é só uma besteira,que no meu entender, não traz nenhum benefício para a população.