MARANHÃO - A tuberculose é uma enfermidade infectocontagiosa de caráter crônico e evolução lenta em que os sinais clínicos somente serão evidenciados na doença avançada ocasionando perdas significativas na produção de leite e carne. Deste modo, o professor e pesquisador do Laboratório de Doenças Infecciosas e Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Hélder Pereira, desenvolveu um estudo com o objetivo de analisar a tuberculose em búfalos através do diagnóstico, resposta alérgica, fatores de risco e georreferenciamento na Baixada Maranhense.
Segundo o pesquisador, o estudo foi realizado em 17 rebanhos, distribuídos em sete municípios da Baixada Maranhense. Sendo assim, dos 30 municípios que compõe a região da Baixada Maranhense, sete foram trabalhados nesta pesquisa.
Foram avaliados 17 rebanhos oriundos dos municípios de Arari, Matinha, Olinda Nova do Maranhão, Pinheiro, São João Batista, Viana e Vitória do Mearim, onde foram avaliados 477 búfalos, sendo 444 fêmeas e 33 machos de diferentes raças e com idade variando entre 1,5 a 216 meses.
“Os animais foram submetidos ao Teste Cervical Comparativo (TCC) e as amostras de sangue ao teste de Elisa indireto. Para cada rebanho, foi aplicado um questionário epidemiológico a fim de determinar fatores de risco associados à infecção pelo Mycobacterium bovis. A frequência de animais positivos ao TCC foi de 7,58% (n=36). Dos 455 soros sanguíneos avaliados através da técnica de Elisa indireta, observou-se 13,41% (n=61) de animais reagentes”, explicou Hélder Pereira.
De acordo com os dados obtidos, pode-se concluir que a infecção pelo M. bovis é baixa. Porém, foram considerados fatores de risco para a transmissão do M. bovis, instalações, densidade animal e realização de tuberculinização. O estudo espacial demonstrou que a infecção pelo M. bovis encontra-se distribuída de forma homogênea na região estudada.
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